O inverno transforma Cunha em um dos destinos mais procurados do interior de São Paulo. Encravada na Serra do Mar, entre o Vale do Paraíba e o litoral fluminense, a cidade ganha clima europeu com manhãs cobertas por neblina, temperaturas baixas e paisagens que parecem saídas de um cartão-postal.
A combinação entre natureza preservada, gastronomia de raiz e tranquilidade atrai visitantes de todo o estado — muitos em busca de descanso, outros atrás de experiências autênticas da roça e da serra. De maio a julho, o frio acentua o encanto do lugar. E é nessa época que uma tradição local volta a ganhar protagonismo: o pinhão.
A temporada do pinhão em Cunha
Semente da araucária (árvore símbolo do inverno na região), o pinhão é colhido entre abril e julho. Seu consumo marca presença em cidades serranas do Sul e Sudeste, sendo parte da identidade gastronômica de Cunha. Por aqui, o produto é encontrado fresco, direto dos produtores locais.
Cozido com sal, assado na chapa ou transformado em ingrediente principal de pratos sofisticados, o pinhão carrega sabor de tradição. Restaurantes e pousadas da região aproveitam o período para criar receitas sazonais, que vão desde caldos e massas até doces e pães artesanais.
Clima ideal para descanso e conexão com a natureza
O inverno em Cunha é conhecido pelas manhãs geladas e tardes ensolaradas. A cidade está a 1.100 metros de altitude e cercada por áreas de preservação ambiental, como o Parque Estadual da Serra do Mar, com trilhas, cachoeiras e mirantes naturais.
Nesse cenário, o turista encontra tranquilidade, ar puro e tempo para desacelerar. É comum ver nevoeiros densos logo cedo, que se dissipam ao longo do dia, revelando o verde das montanhas e o céu limpo. À noite, as temperaturas caem ainda mais, convidando ao uso de lareira e cobertas quentinhas.
Cultura, lavandas e cerâmica
Além da natureza, Cunha também se destaca pela produção artística. A cidade abriga um dos maiores polos de cerâmica artística do Brasil. Ateliês espalhados pela zona rural abrem as portas para visitação, com fornos noborigama (técnica japonesa de queima de cerâmica) e peças exclusivas feitas à mão.
Outro atrativo da estação é o Lavandário, com campos de lavanda que permanecem floridos mesmo nos meses frios. O local oferece vista panorâmica das serras.. O aroma das flores e a paisagem única, ideal para fotos e caminhadas leves.
Aconchego e hospitalidade no inverno
A Pousada Aconchego da Bocaina foi pensada para receber quem busca conforto e simplicidade, com o charme típico das montanhas. Os chalés possuem decoração rústica e alguns com varanda com vista para a natureza.
Além disso, a pousada fica em ponto estratégico, com acesso fácil para quem deseja conhecer os principais atrativos turísticos da região, mas também se isolar em meio à paz da serra, sem abrir mão de conforto.
Planejamento é essencial
O movimento turístico em Cunha cresce bastante no inverno, especialmente durante feriados como Corpus Christi, quando a cidade recebe motociclistas, casais e famílias. Por isso, é recomendável reservar hospedagem com antecedência, principalmente em junho e julho.
A temporada de pinhão, por sua vez, é limitada. O ideal é visitar Cunha entre maio e meados de julho, quando o produto está fresco e mais saboroso. A depender do clima do ano anterior, a safra pode variar por isso, a compra direta de produtores e o consumo local garantem qualidade e autenticidade.
Uma experiência para todos os sentidos
Cunha no inverno é mais do que um destino frio. É um convite ao bem-estar, ao contato com a natureza e à valorização dos sabores da terra. É a estação ideal para quem deseja fugir da rotina, experimentar o que há de melhor da roça com conforto e voltar para casa com novas memórias.
Na Pousada Aconchego da Bocaina, cada detalhe da estação é pensado para que sua estadia seja única com cheiro de pinhão no ar, silêncio entre as montanhas e aquele frio gostoso que só o interior sabe oferecer.